terça-feira, 3 de agosto de 2010

Liberte-se


  Não sei o que me vem na cabeça quando escrevo. Poderia dizer que são apenas as palavras mesmo, que aos poucos, como água, escorrem pelos meus dedos e que por consequência, tocam as pessoas de alguma maneira. Nunca me achei disposta a escrever apenas para fascinar alguém, mas sei que tenho o dom. Assim como todo mundo tem. Nem todos o da escrita, mas para conhecimentos espetaculares, como astronomia, tecnologia, gastronomia, ciências exatas e mais! Cada um, por maior que seja a modéstia, sabe o que tem a oferecer e por consequência, encantar.
  Antes eu era tão assim, aflita. Sempre me preocupava com os olhares e as opiniões das pessoas ao redor. Hoje, percebo que críticas são válidas sim, mas nunca para definirem de fato o que sou. Esse mundo pertence a mim, e não há palavra maior que a minha ou tom mais agudo que o meu que me faça achar que o meu mundo está relacionado ao que vem de fora. Aqui ninguém entra, ninguém sai. Quer dizer... há momentos que preciso sair, voar, ir, correr, sentir! Mas assim como uma criança obediente: vou, mas volto.
Palavras quando são ditas por mim, não sinto que valham tanto. Mas quando escrevo, por favor, leia. E por mais que não se fascine, me respeite. Eu jamais lhe ofenderia, mesmo que sua qualidade não me motivasse.
  Com o tempo, aprendi a ser assim. Não estou dizendo que estou acima de alguém. Estou acima sim, mas de mim mesma. Agora faço o que gosto, não o que simplesmente fazem. Escrevo o que quero, não o que querem que eu escreva. E embora tanta correria, ando cada vez mais calma, cada vez mais dentro de mim. Não quero que se sintam como eu me sinto, mas garanto que se soubessem o quanto é bom se libertar, de dentro pra fora, assim fariam.

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