sexta-feira, 7 de maio de 2010

Puros fakes andando por ai...

   Uma menina linda, beirando os seus 17 anos recebeu o primeiro pé na bunda de sua vida. Ele já tem seus 25 anos e vejamos, conseguiu o que queria. Ele tem carro, faz faculdade de medicina e a última coisa que quer agora é criar laços afetivos com alguém, porque o sentido da vida dele agora é sair, beber, ficar com metade da cidade. Mas vamos ao que interessa, no carro, na porta da casa dela ele dá a facada: "precisas de alguém com a tua idade, portanto não podemos ficar mais juntos, mas eu adorei tudo com você." Sim, tudo mentira. Mas, ela muito forte sai do carro e diz apenas: "relaxa." Ele até fica espantado, não esperava essa reação. Mal sabe ele que não passa de um teatrinho juvenil. Meninas que estão lendo esse texto agora, sabem o que aconteceu. Ao entrar em casa, as lágrimas vieram, junto delas o telefone e o sorvete. "Mas é claro que eu não ia dar uma mancada dessas de chorar na frente dele né amiga, fala sério." Isso é o que ela diz enquanto segura o telefone e a colher do sorvete, caindo em lágrimas e falando com a best friend. Então, ela agradou a quem? Ao próprio ego. Quem sabe. Mas o teatro aplaudido de pé vem depois, quando ela sai de casa, e o encontra no shopping com um mulherão. A primeira reação ao vê-los de longe é: "MEU DEEEEEEEUS AMIGA OLHA AQUILO." A vontade de chorar, gritar e sumir dali é a parte verdadeira. Mas as coisas não saem bem assim. Ao perceber que eles passarão ao lado dela, ela suspende o rosto e os olha fundo e na maior da educação os comprimenta como se nada, absolutamente nada tivesse acontecido. Agora, saber o que ele pensou quando viu uma reação que jamais esperaria dela, já são outros 500. Se eu soubesse, teria todos os meus ex, atuais, futuros nas mãos. Até mesmo porque, nunca dá pra saber o que passa pela cabeça de homem. Isso quando não passa nada. (Brincadeirinha)
   A verdade mesmo é que ela estava apenas sendo alguém que não era. Sim, ela sempre foi muito educada. Mas não a ponto de falar com o "ex amor de sua vida" como se estivesse falando com a atendente da lanchonete, o porteiro da escola... Ela quis uma única coisa: provar! Provar pra ele que é capaz de esquece-lo em três tempos e que a ama acima de tudo. Mesmo que ao entrar no banheiro do shopping sinta o pior vazio que poderia sentir, e chorando, sim, o rimel já estava mais do que derretido. E a amiga, mas do que nunca, tentando a colocar para os altos dizendo: "foi P-E-R-F-E-I-T-O o que fizeste!"
   Sim, pode até ter sido. Mas por apenas 25 segundos. E de que adianta só isso se depois vão ser 25 horas de vazio? Vejamos, uma coisa é ser educado. Outra bem diferente é fazer algo que não queremos de jeito nenhum. Isso pode ser valioso por alguns momentos, mas nunca terá a característica de uma paz interior. Cada ato desse só nos faz menores. Sejamos sempre quem somos, mesmo que pra isso, tenhamos que dar umas mancadas por ai.

sábado, 1 de maio de 2010

Honrado tipo de ensino.

   Vi a pouco uma reportagem no Record News sobre um interior qualquer do país em que a professora de uma escola pública havia sido indiciada por chamar uma aluna de retardada. Visto que não foi o seu único ato, segundo declarações das próprias criancinhas.
   Mesmo caindo de sono, não pude deixar de ouvir essa reportagem. Ver e ouvir foi bem fácil, difícil mesmo foi conseguir acreditar nisso. Hoje em dia, todos em sã consciência sabem que o que gera um futuro promissor é a educação e saúde. Alguns pais trabalham duro para conseguirem um lugarzinho especial para seu filho em uma escola paga. Outros, apesar dos esforços, são capazes infelizmente de conseguirem uma vaga apenas em escolas do Estado (após horas, dias e noites numa fila). Tais pais acreditam que o filho ir para a escola é o primeiro passo para ter o tal do futuro espetacular. Acreditam fielmente que isso depende quase que exclusivamente da escola. Campanhas e propagandas no mundo inteiro deixam a todos bem informados de que a escola é o principal meio de aprendizado, tanto intelectual, quanto moral.
   Sim, corretíssimo! A escola é essencial. Mas diga-me, como se sentiram as mães da escolinha em que a querida professora cometeu atos tão imorais e sem absolutamente nada de intelectualidade? Será que pensaram nos traumas que poderiam afetar seus lindos filhotes? E como fica o conceito tão fundamental de que escola é a essência da vida? Claro, salve a grande maioria de professores que são aos muitos elogiados por esse ofício. Pois amam o que fazem. TAÍ! O segredo é AMAR o que se faz. Vai ver essa professora nem sequer é treinada pra isso. Vai ver ela assim como a maioria da população precisa de algo para sustentar-se e quem sabe até, para poder colocar seus filhos em uma boa escola. Ou então, ela não ama seu papel. É, o que está faltando nessas mentes é algo mais complexo e lindo: amor! Amor por seu trabalho, pronto. Isso já nos faz amar a tudo o que nos cerca.
   Vai ver, ela queria apenas passar aos seus alunos o estresse no qual a acompanha durante toda a vida. Talvez porque se sinta revoltada por não ter tido a educação que seus alunos esperavam tanto encontrar nessa tal escolinha.